Quatro cilindros, ou talvez seis, ou 8, e até 12 cilindros já equiparam motores dos F1. Turbo, asa e tanques enormes também eram comuns nessa competição, além do “efeito solo”, que grudava os carros no chão. Mas seis rodas? Um carro de corrida com seis rodas? Ele existiu, e foi um ícone, o que fez pilotar ele uma honra única e histórica. Este da foto correu na categoria nas temporadas de 1976 e parte da de 77.

 

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Fórmula Um de seis rodas - Um espetáculo!

Fórmula Um de seis rodas - Um espetáculo!

É amigos da Rede Globo! Alguns o chamam de carro mais feio da F1… Outros dizem que era um caminhão por ter mais de quatro rodas. Esta do caminhão pode até ser um elogio, mas dizer que este carro da foto era feio tenho lá minhas dúvidas. Basta compará-lo como os F1 de hoje que perderam suas cores de time, como os clubes de futebol e suas camisas, e mais parecem um abadá de carnaval.

abada

Em 1976, Ayrton Senna não corria na F1. Mas duvido que não teve o desejo de guiar uma fera como esta. Em recente entrevista para a TV inglesa, quando pilotou a McLaren de Ayrton, Lewis Hamilton foi as nuvens e completou a pergunta do entrevistador:

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“O que você acha que os pilotos daqueles tempos tinha que ser a mais do que os de hoje?” “Loucos…” respondeu o inglês.

 

Imagem: f1socialclub.wordpress.com

Imagem: f1socialclub.wordpress.com  / Loucos e maravilhosos pilotos de “outrora”!

Quatro rodas na frente, ou atrás, vários foram os modelos. Mas o que conseguiu algum sucesso foi a Tyrrell  P34.  Jody Scheckter,Patrick Depailler e Ronnie Peterson foram os pilotos deste carro espetacular. Também o desempenho foi espetacular para um experimento muito louco. Apelidado de “project 34”, o protótipo conseguiu no ano de 1976 uma pole e uma vitória. Pode parecer pouco, mas compare com o resultado de alguns F1 de hoje, como a Willians de Massa e Botas, dois bólidos com anos de tecnologia e experiência de uma fábrica vendedora de F1.

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A façanha de  Jody Scheckter, o piloto que venceu com um Tyrrel P34,  foi sucedida pelos resultados do sueco Ronnie Peterson: quatro pódios e 27 pontos na temporada. Lamentavelmente aquela época exigia resultados muito melhores para se conseguir mais patrocínios. Se fosse hoje, e uma equipe estreante como a Haas conseguisse um resultado assim, com certeza o patrocínio dobraria para a temporada seguinte.

Mas ainda restaram a beleza e a capacidade incrível dos engenheiros de tempos atrás, tão loucos quanto os homens que pilotavam suas criações.

F1 seis rodas