Imagem: jornal  paraná

Imagem: jornal paraná

Dizem por aí que certo piloto brasileiro que compete nos EUA foi ironizado quando os EUA introduziram o metanol como combustível dos carros de competição.

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“Percebeu como somos avançados?” Perguntou o gringo com um sorriso na cara. Ele se referia a tecnologia que os americanos diziam ter desenvolvido para usar o metanol como combustível. É bom esclarecer que metanol e etanol são tipos de alcoóis, um metílico e outro etílico. A diferença é que o metanol não pode ser consumido e o etanol sim.

“Nós temos motores a álcool desde os anos 70…” respondeu o orgulhoso piloto tupiniquim.

carro e metanol

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O gringo, segundo disse o piloto brasileiro, ficou pasmo com a história que ele ouviu naquele dia. E é essa história que iremos contar neste post, ou parte dela.

petróelo

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 O acontecimento acima foi uma desesperada tentativa brasileira de achar petróleo em abundância que não deu em nada na época. Então, em plena última ditadura militar do nosso país, no ano de 1975,  foi lançado o Proálcool através de um decreto do governo. O mundo vivia a famosa “tomada de consciência árabe” sobre a dependência mundial de suas reservas petrolíferas. Em outras palavras, o que era muito barato ficou caríssimo, atingindo o Brasil em cheio e até retirando do mercado grandes modelos de automóveis da época. Todas as fábricas no Brasil foram atingidas pela crise do petróleo.

Na incerteza daqueles tempos, os Generais lançaram um programa ousado. Mas tudo começou com o adicionamento de álcool na gasolina, como se fosse uma espécie de teste na eficiência e também para saber qual seria o impacto na produção de cana de açúcar, além da evidente economia nas importações de petróleo. O governo não era dono da indústria de cana de açúcar, como era do petróleo subterrâneo. Então, o que valeria seria a lei da oferta e procura para termos um combustível mais barato que a gasolina.

Com o tempo, a produção de álcool combustível disparou quebrando recordes atrás de recordes, a ponto de 96% dos carros do Brasil saírem de fábrica com motor a álcool. Mas como tudo que é bom, para o Brasil, dura pouco, eis que surge uma crise de procura pelos combustíveis fósseis e o preço do petróleo caiu pela metade. Houve subsídios do governo para o combustível brasileiro, mas ao mesmo tempo o preço do açúcar ficou mais interessante para o produtor de cana de açúcar. Mas então o que foi que impressionou o piloto americano? A tecnologia brasileira que permite usar os dois combustíveis ao mesmo tempo, ou apenas a gasolina, ou apenas o álcool. Sim o nosso carro flex resolveu o problema da procura de álcool, introduziu de vez uma tecnologia que diminuiu nossa dependência do petróleo e também espantou o gringo.